A noite não terminou, e ainda tinha muito o que acontecer.
Depois que saímos da boate, eu e os caras, junto com os integrantes da banda, e até algumas garotas, seguimos para o
apartamento do Luv que fica na área nobre da cidade. Ele não é muito famoso a
ponto de comprar um imóvel desses nessa parte da cidade, mas sua família é rica
e comprou para ele. Já vi essa história, de ser mimado pela família, antes.
No elevador, estamos só nós do bando, subimos os vinte andares
até o apartamento. Encosto a cabeça na parede do elevador e fecho os olhos,
penso no convite do Enrico, eu aceitei sair com ele. Não tinha noção de que,
para ser sincero, os convites para encontros gays eram tão normais e tão
parecidos com os dos héteros, pelo menos esse foi parecido. Ele chegou vertendo
simpatia, com um sorriso hipnotizador, e investiu suas fichas. Do mesmo jeito que
se faz quando chegamos em uma garota na balada, o Enrico fez. Exceto pelos
nossos momentos monossilábicos – e ainda contou um pouco de sua vida. Eu
aceitei sair com ele. Não me reconheço desde então.
— Tá pensando demais, hein Diego! — diz Kauã me cutucando no
braço.
— Ele está pensando nos braços fortes do Enrico — suspira
Luís fazendo cara de donzela só para me provocar. — Eu vi vocês dois
conversando lá na boate.
— O Diego conversando com Enrico? Tipo, conversando numa
boa? — diz Kauã arregalando os olhos, espantado sem entender nada.
— Isso sim é novidade! — pontua Joseph sorrindo desconfiado.
— Conta aí o conteúdo da conversa?
— Ele me convidou para sair... — suspiro, cansado. — E eu
aceitei.
Eles se entreolham e começaram a gargalhar.
— Você aceitou sair com o Enrico? — Luís grita e estapeia
minhas costas.
— Para com isso, seu maconheiro — digo me esquivando dos
tapas. — Vamos deixar esse assunto para lá, ok?
As portas do elevador
se abrem e estamos na cobertura. Ouvimos o barulho vindo de uma porta ao fundo
do pequeno corredor, Kauã olha o papel com endereço que pegou o Luv lá na boate
e confirma que é esse o local da festa.
Duas batidas e abrem a porta nos deixando entrar. Música
relativamente alta, as garotas já estão seminuas, e outras completamente
peladas, os caras seguem o mesmo ritmo. A bebida é servida em um suporte que
parece uma bomba de combustível, e foi de longe o acessório que rendeu minha
atenção. Comento com os caras que quero um “troço” desses de presente.
O anfitrião nos recebe com euforia. Luv nos cumprimenta com
um abraço. Ele já está sem camisa, e uma das garotas que vierem junto com ele,
cola em seu pescoço e passa a mão por toda extensão de seu abdômen. Ele fixa os
olhos na mão da garota e segue sua mão até que ela encontra a boca dele. Luv
pega a mão da garota e chupa o dedo do meio dela. Eles se beijam com vontade.
— Ok! Vamos pegar uma bebida — diz Joseph puxando Kauã para
a cozinha onde a bebida é servida.
Os gêmeos e eu seguimos os dois. E tudo está uma perfeita
zona. Pessoas engatadas umas nas outras em cima da mesa, do balcão, na
geladeira. Dou uma volta de trezentos e sessenta graus com o olhar e concluo: “
putaria, a gente vê por aqui”.
— Cara, se anima! — diz Lucas ao meu ouvido. — Olhas as
oportunidades — diz apontado para os engatados em cima da mesa da cozinha.
— Eu que não vou sair por aí agarrando qualquer um —
desdenho.
— Não precisa ser qualquer um — Joseph diz se aproximando,
segurando uma garrafa de cerveja. — Pode ser o anfitrião, alguém conhecido de
muito tempo. — Ele aponta para onde o Luv está junto com um garoto.
O cara estava pegando uma menina, agora pulou para um garoto
que, tenho certeza, não faz parte da banda.
— Quem é aquele magrelo? — digo vislumbrando a cena.
— Não sei. Só sei que... — Joseph se apoia no meu ombro e
sussurra no meu ouvido — Tem uma bundinha apetitosa, não acha? — sorri de lado.
Mordo os lábios. Fazia tempo que não sentia tanto tesão
quanto sinto agora. O garoto que está envolvido pelos braços tatuados do Luv, é
magrinho, pele bronzeada, cabelo encaracolado, lábios rosados e uma bunda
linda. Excitado, penso em como pretendo liberar todo tesão dentro da bunda
desse menino.
Bebo toda cerveja de uma vez, sinto o amargo no fim e faço
uma careta. A coragem que tanto busquei, apareceu. Olho para a garrafa vazia na
mão. Não estou bêbado a esse ponto. Prometi a mim mesmo que não seria mais
assim. E estando relativamente sóbrio, irei experimentar de uma vez o sexo com
outro cara.
Aproximo-me dos dois, que se beijam calorosamente. Luv percorre
as mãos pelas costas do garoto até chegar a sua bunda, e apalpa com força. O
garoto veste uma calça jeans apertada. Isso faz meu pau latejar. Luv me fita
com seus olhos cobertos por uma sombra lasciva, e indica com o queixo o lugar
ao seu lado para que me sente. Antes de me sentar ao seu lado, tiro a camisa, e
ouço um gemido vindo do garoto e de Luv, eles sorriem se entreolhando.
— Você está uma delícia, Diego — diz Luv piscando.
— Seu amigo? — digo me sentando ao lado deles, colocando o
braço ao redor do garoto.
Luv olha para o garoto e acaricia o pau dele por cima da
calça.
— Um amigo de foda — beija a bochecha bronzeada do garoto. —
Lindo, não é?
Meneio a cabeça concordando. O garoto sentando no meio de
nós dois, olha para minha boca e tenta me beijar, mas o interrompo.
— Primeiro, gosto de saber quem estou beijando — digo
segurando seu rosto com a mão esquerda.
Seus lábios rosados despertam algo dentro de mim que ainda
não conhecia. Estou me descobrindo.
— Ronny, me chamo Ronny. Satisfeito? — diz quase
sussurrando.
— Por hora, sim.
Encosto meus lábios nos dele, e sinto o gosto de vinho. Olho
para Luv que bebe de uma taça de vinho tinto.
— Deixem um pouco para mim, rapazes! — Luv se aproximando e
nos beija.
Um beijo a três. O contato dos nossos lábios é estonteante,
ardente. O desejo desperta no meio de nossas pernas, estamos excitados e é
inevitável não nos acariciarmos. Minha mão desce até o pau do Ronny e Luv faz o
mesmo no meu, brincamos com nossos membros rijos. O beijo fica mais forte,
lambuzado e com gosto de vinho e cerveja. A respiração fica pesada. O
combustível, não é a bebida, é o desejo, o eterno desejo de satisfazer as
nossas vontades carnais. Mergulho de cabeça no turbulento mar que é o tesão que
sinto. Esqueço de tudo, e me rendo ao infame prazer de trepar com dois caras.
Com mãos hábeis, experientes, Luv desafivela o cinto da
minha calça e a desabotoa em seguida enfiando a mão dentro da minha cueca.
Prendo a respiração e paro de beijar. Olho para a mão dele e ele não para de
beijar o Ronny, e nem tira a mão dentro da minha cueca. Sinto um arrepio. Pouso
minha mão sobre a dele, e forço para que não saia, pois, a sensação de ser
acariciado assim é boa para caralho. Repito o gesto no Luv, mas não com tanta
habilidade. Ele para de beijar o Ronny para me ajudar a desabotoar sua calça preta
de couro. Luv está tão excitado quanto eu, quanto o Ronny, ou quanto qualquer
um aqui.
— Hum... delicia! — Luv geme em meio aos beijos.
Estamos os três pegando um no pau do outro, enquanto nossas
línguas se entrelaçam. Tenho certeza que se continuarmos assim sou capaz de
gozar na mão do Luv. Afasto-me do beijo, me levanto e retiro minha calça
ficando só de cueca com o pau para fora. Luv também se levanta, mas pede para
que o siga até o quarto. Olho para os caras que estão do outro lado do apartamento.
Luís e Lucas estão cada aos beijos com duas garotas, Joseph e Kauã bebem e
conversam com o único integrante da banda que não está beijando ou transando
com alguém. E eu sigo com o Luv e o Ronny para o quarto.
Na minha frente, Luv para na porta do quarto antes de abrir,
se vira e diz:
— Querem algo especial? Um brinquedinho, algo comestível? — solta
uma piscadela.
— O que tem em mente? — fito seus olhos.
Sinto as mãos de Ronny envolverem meu abdômen e descer até
minha virilha. Ele fala bem perto do meu ouvido:
— Vou pegar um tubo de chantilly e já volto. — Ele mordisca
minha orelha.
Esse garoto me provoca, tem cara de menino safado e eu gosto
da ideia de enraba-lo sem dó.
— Hum! Chantilly! — Luv diz abrindo a porta do quarto.
Entramos. As cortinas estão fechadas e o quarto está frio
por conta do ar condicionado. A cama é redonda, com lençóis pretos de cetim e
grandes travesseiros e almofadas também revestidas de cetim na mesma cor dos
lençóis. Quem na face da terra tem uma cama assim? O que Luv fez em seu quarto
foi recriar um ambiente parecido com um motel de luxo. Já fui em um que tinha
uma cama redonda, e foi um desastre, a menina que estava comigo era virgem e estava
assustada, e eu nunca tive muita paciência para virgens.
— Vem comigo... — Luv fica nu e se jogando na cama. —
Dieguinho — sorri de lado.
Puxo a cueca e meu pau já está todo melado. O tesão é
grande, e não me controlo quando estou quase explodindo. Mas tudo isso aqui, é
só sexo, só curtição, por mais que esteja extremamente excitado, é só sexo. E
eu gosto de não ter compromisso.
Deito ao lado de Luv e o beijo. Ele segura minha nuca e me
aperta. Nossas caricias são interrompidas por Ronny que entra no quarto de
supetão com o tubo de chantilly nas mãos.
— Começar sem mim, não vale — ela diz falsamente frustrado.
— Chega mais! Meu pequeno —
Luv indica o espaço entre nós dois para que Ronny se aproxime.
O garoto se deita e diz:
— Trouxe isto — balança o tubo. — É o melhor chantilly que
existe — sorri.
Notei desde que vi o Ronny, que ele está com um sorriso bobo
na cara. Talvez, seja a sua primeira vez a três, com dois homens, ou até sua
primeira vez de tudo. E não entendo tamanha alegria se é a sua primeira vez.
— Sua primeira vez, Ronny? — pergunto direto.
— É a sua? —
— Enrabando um moleque gostosinho igual a você, não, não é a
minha primeira vez — aperto sua bochecha.
Sorrindo maliciosamente, ele abre a tampa do tubo de
chantilly, espirra um pouco no dedo indicador e passa na ponta do meu pau. Escapa
de mim um gemido alto.
— Com você, será a minha primeira vez. — Ele desce a boca
até o meu mastro e o chupa com vontade.
A sucção é acelerada. Meus gemidos escapam sem controle.
Jogo a cabeça para trás e fico vulnerável, entregue. Fazia tempo que não sentia
um tesão desses.
— Hum... que delicia, Dieguinho — Luv sussurra no meu
ouvido. — Também quero te chupar, não vou deixar tudo para o guloso do Ronny.
Ele se inclina, afasta Ronny, e abocanha meu pau com
vontade. Levo minhas mãos a sua cabeleira, e acaricio sua cabeça enquanto ele
me chupa. Ronny só observa com um olhar faminto, desejoso. Seguro-o pela nuca e
o puxo para um beijo. No meio de dois homens, sendo tocado, chupado e beijado,
estou no paraíso do prazer e luxúria, mas vivo num inferno internamente.
Esqueço de todos os problemas por um instante, fico com a mente limpa e me
entrego ao prazer do momento.
Luv para de me chupar e volta a me beijar, e Ronny se afasta
vestindo seu pau com uma camisinha. Depois de me beijar, Luv volta toda sua
atenção para o Ronny que está duro e sedento. Luv fica de quatro em cima da
cama. Ronny é um moleque franzino, parece até um bonequinho de porcelana, com
feições frágeis, mas está rendido aos seus instintos. Por agora, ele é um
animal pronto para abater sua caça. Isso é que o desejo, o sexo puramente
instintivo, faz com as pessoas.
Segurando Luv pela cintura, ele acaricia seu pau fazendo
movimentos de vai e vem, antes de penetra-lo. Desta vez prefiro assistir, quero
ver até onde posso aguentar só observando os dois transarem. Luv inclina a
cabeça e recebe um beijo lambuzado de Ronny, eles gemem com as bocas coladas.
Se eles irão trepar, precisam de espaço, então levanto-me da cama e sento na
cadeira, apoiando os pés na beirada da cama, ficando bem de frente para os dois.
Meu amigo, e vocalista da minha banda de covers favorita,
nem de longe parece o homem que é quando está cantando no palco, aqui ele
parece um cordeirinho nas mãos do Ronny, que controverso. Os dois se deleitam
de seus corpos, estão instigados pelos seus desejos mais impetuosos. Ronny se
posiciona com Luv de quatro e acaricia sua bunda, e com o dedo polegar
massageia bem sua entrada. A cena é provocadora, mas decido ser apenas um
expectador. Ronny se inclina, abre bem a bunda de Luv e cai de boca. Nesta hora
quase gozo em ver toda aquela ousadia. Ronny está comendo, literalmente o cu do
Luv.
Não tem como resistir, começo a me masturbar com força, abro
as pernas e com a mão esquerda acaricio minhas bolas enquanto a direita fica
firme no meu pau. Sou expectador de um pornô gay ao vivo e a cores – cores bem quentes.
Depois da comida de rabo, Ronny se ergue, e com delicadeza, enfia
a cabeça de seu membro inchado no cu do Luv, o roqueiro geme de dor e prazer.
Ronny para por um instante, e depois volta a penetrar, até que seu membro está por
completo dentro do Luv. As estocadas são lentas no início, e vão acelerando a
cada segundo, até parecer uma britadeira em velocidade máxima. São longos
minutos vendo “a festinha” dos dois, até que eu gozo. Com muita vontade e
espirrando porra para tudo que é lado nas minhas pernas. Gozo tudo que estava
guardado desde aquele dia naquele puteiro com aquela prostituta, a diferença é
que aqui estou sóbrio e sentindo o prazer na pele. Com aquela desconhecida eu
estava bêbado e fora de mim.
Ouço os dois gemerem chegando ao ápice de sua transa. Luv
desaba na cama, suado e Ronny deita sobre ele sem retirar seu pau de dentro da
bunda do roqueiro. Eles se tocam, se acariciam e eu me junto a eles. Nos
acomodamos um ao lado do outro, e em silencio, conseguimos ouvir nossas
respirações ofegantes. Nos entreolhamos e sorrindo de lado, digo:
— Vocês enganam bem! Seus pervos do caralho.
— Achou que eu seria o ativo e o Ronny o passivo delicado? —
Luv acaricia minha bochecha. — Aprenda uma coisa, meu amigo. Nada do que se vê,
parece realmente ser.